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Campo Grande, sexta-feira, 24 de novembro de 2023.

estadual feminino

Desta feita, sem as luzes dos holofotes e sem “oba-oba”, com futebol sério, Portuguesa perde jogo para o Comercial, mas deixa ótima impressão e segue viva na competição

Por Gilson Giordano em 09/10/2023 às 16:12

Após belissima apresentação e mesmo sem vencer, mas mostrando futebol de primeira qualidade, jogadoras da Lusa agradecem aos céus o sucesso alcançado com o ótimo futebol (Foto: Arquivo)

O mando de jogo foi do Comercial, no campo que se tornou “casa” da Portuguesa, no campeonato Estadual de Futebol Feminino, promovido e organizado pela FFMS, o estádio do CENE, conhecido por “Olho do Furacão que está localizado no Jardim Los Angeles, no bairro do mesmo nome, na região do Anhanduizinho.

Como se sabe, a competição é disputada por seis times, divididos em três grupos e cada um dos participantes recebeu o aporte financeiro no valor de R$ 40 mil, para fazer frente às despesas oriundas com os jogos e que deverá ser devidamente prestado contas no fim da competição.

Além do aporte financeiro, o campeão estadual terá a responsabilidade de representar a modalidade no Campeonato Brasileiro de 2.024.

Dois seis times, conforme o regulamento, os dois primeiros de cada grupo avançam para as semifinais. Até o momento, os que estão matematicamente classificados são,  no grupo “A”, o Operário e no “B”, o Comercial, sendo que as outras duas vagas, uma em cada um dos grupos, continuam abertas.

Jogo

Sob intensa temperatura, os times entraram em campo, sendo que o Comercial, já classificado tentava apenas justificar  tal feito, com mais uma vitória, diante da até então, “frágil” Portuguesa que mesmo o mando de jogo sendo do colorado, mas talvez, pelo fato de atuar em “casa” e sem que ninguém soubesse, a Lusa decidiu aprontar no festivo mês e fazer a tradicional “festa portuguesa, com certeza”,  pedindo à Nossa Senhora do Rosário e São Simão, comemorado neste mês naquele pais, para que ajudasse e iluminasse o time,  para conquistar uma vitória, diante de um grande adversário, tal como é o time colorado e que tem em seu elenco, jogadoras de reconhecidas qualidades técnicas e muita experiência.

Como se sabe, a situação da “Luzinha” não era nada fácil e ainda continua complicada, no entanto, com mais alento e agora mais confiável, após a belíssima partida realizada neste sábado (7).

O time ainda continua no CTI, respirando com os aparelhos, mas com sinais vitais, funcionado corretamente, tanto que o paciente chegou a “abrir os olhos” e de forma  volátil,  o time  vê a chance de se classificar para a segunda fase.

Diante dos resultados conquistados na referida competição, a Portuguesa perdeu um pouco das luzes dos “holofotes”, com a mesma intensidade antes do início dos jogos. Desta feita, sem as luzes da ribalta, sem os confetes, as serpentinas, as purpurinas e os “oba-obas” que por certo atrapalharam e muito o time da “Luzinha”, as jogadoras tiveram consciência que ainda não haviam conquistado nada para estar estampadas em tal moldura da fama do sucesso e por si só, decidiram mostrar as suas qualidades e habilidade técnicas, justamente nesse jogo.

Certamente a capitã do time (cujo nome não será divulgado, para que os raivosos torcedores não interpretem mal e nem façam ameaças), deve ter dito ao elenco: “Meninas, chegou a hora de mostrarmos as nossas qualidades e esse dia é hoje!”

Dito e feito! Os dois jogos disputados pelo time, que no início do campeonato, desta feita nem de longe lembrou aquele bisonho time da Portuguesa que em campo, parecia mais um “bando de jogadoras”, sem guardar posição,  taticamente perdidas e além disso, elas deixaram também o lado “pueril” (esse adjetivo não é nenhum palavrão e significa infantilidade) e tiveram postura como de fato um time de futebol, com ótima marcação, cada uma das atletas exercendo a sua função tática em campo, dificultando em muito, as ações do Comercial que de repente, ficou perdido e sem ação.

É inegável que as críticas  recebidas após os jogos passados, acabaram se tornando construtivas ao jovem time da Portuguesa que jogou muito mesmo, perdeu, mas de forma alguma merecia tal resultado diante da produção em campo.

A prova que o time da Portuguesa jogou tudo e mais um pouco do que sabia e que estava dentro das possibilidades das jogadoras, foi que o mesmo saiu na frente do marcador, tendo conseguindo o gol aos 25 minutos do primeiro tempo (mas em respeito aos raivosos torcedores, a jogadora que marcou o gol terá o nome preservado).

Com vantagem no marcador, o time foi pra o intervalo, mas de forma diferente, totalmente vibrante e sabedor das suas reais possibilidades no jogo.

Esse fato deixou a técnica Romilda Campos, do Comercial, que fez algumas mudanças, para dar mais gás ao time, no segundo tempo, pois no elenco colorado, não estava no “script”, essa derrota que para muitos, poderia ser até mesmo classificada como vexatória.

Com as mudanças, o time do Comercial voltou mais ligado para o segundo tempo, mas nada que pudesse mudar o comportamento da Portuguesa que manteve a mesma qualidade coletiva, técnica e a individualidade de algumas jogadoras (cujos nomes não podem e nem devem ser citados, para evitar ameaças de torcedores), que se destacaram durante a partida.

Em jogo franco e aberto, a “Luzinha” tentava mas de forma coordenada, chegar à marcação do seu segundo gol e o Comercial, formado por jogadoras com mais experiência, tentava no primeiro momento, chegar ao empate, mas estava bem difícil, devido à boa postura defensiva do time luso.

Mas de tanto fustigar (adjetivo que não é nenhum palavrão), aos 22 minutos do segundo tempo, o Comercial conseguiu chegar ao empate, através da jogadora Janaína e aos 40, já nos acréscimos, Maria Edwirges, marcou o segundo gol, garantindo a vitória do time colorado.

Na verdade, além de a partida estar nos acréscimos, o tento foi um banho de água fria no time luso, que na saída da bola, sem tempo para tentar qualquer reação, ouviu o trilar do apito da arbitragem, encerrando a partida.

Combinação    

Mesmo tendo perdido o jogo, o time da Portuguesa ainda tem chances matemáticas de avançar de fase, no entanto, no sábio elenco, formado por jogadoras inteligentes e de com boa qualidade técnica, elas sabem que a caminhada para chegar até a tão sonhada vaga é na verdade das mais difíceis, pois agora não depende mais desse ótimo futebol apresentado neste sábado (7), sem holofotes, sem “oba-oba” e o que é mais importante, sem medo da adversária.

No momento, a Portuguesa ocupa o último lugar do grupo “B”, tendo sofrido nove gols, marcando apenas um, tem o saldo negativo de oito gols e mais um jogo a cumprir, enquanto que o Pinheiro, de Ribas de Rio Pardo, outro candidato à vaga restante no grupo “B”, além de ter três pontos conquistados, disputará ainda mais dois jogos, dos quais, um na Capital, de MS, contra o Comercial e o outro em casa, contra a Portuguesa.

No primeiro momento, caso o jogo entre Comercial x Pinheiro, seja disputado antes, os “raivosos” torcedores devem se juntar aos comercialianos e juntos torcerem pela vitória do time colorado e se possível, por uma goleada, pois o time do interior, além dos três pontos, tem o saldo positivo de dois gols e com vitória colorada  com placar elástico,  perderá essa vantagem.

Feito essa primeira combinação, no último jogo da fase classificatória, a Portuguesa atuará em Ribas do Rio Pardo, mas pegará   o adversário “baleado” e com o mesmo futebol mostrado sábado (7), poderá manter o sonho da classificação e feito o cálculo,  além da possível vitória, os visitantes terão quer ver também por qual placar, mas terá que ser superior aos oito gols que o time tem de débito hoje.

Mas até as datas desses jogos, nada de badalações, de holofotes, confetes, serpentinas e nem os enganadores “oba-oba” e o elenco deve manter os pés no chão, também sem se deixar levar pela ira dos raivosos torcedores.

Árbitras   

O jogo deste sábado (7), disputado no estádio “Olho do “Furacão”, foi dirigido pela nova safra de árbitras que estão sendo preparada pela Comissão de Arbitragem da FFMS e no comando da partida, esteve Evelyse Medeiros Soares, que teve como  assistente 1, Ana Paula Barbosa dos Santos e a assistente 2, Rosane Espinoza Barbosa, enquanto que a  quarta árbitra foi Fernanda de Souza Ferreira, todas passando desapercebidas pelos torcedores e quando isso acontece, claro que tiveram ótima arbitragem, não interferindo de forma alguma no resultado da partida.

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